Olá Caros Amigos Psicólogos e estudantes de Psicologia.
Quero compartilhar com vocês neste post um assunto muito importante para nós Psicólogos, mas muitas vezes deixado de lado seja por preconceito ou por falta de informação.
Desde que resolvemos montar nosso consultório, criamos uma grande expectativa de que teremos um grande numero de pacientes logo de cara e que iremos sobreviver pura e exclusivamente de nosso trabalho clínico.
Entretanto, a realidade para com o Psicólogo é cruel.
Você investe na sua clínica, faz contrato de aluguel da sala, paga calção, compra os móveis, decora, manda fazer seus cartões de visita e passa a entregar em seu circulo de amizades.
Passasse-se um mês, dois, três e nada dos pacientes te ligando ao ponto de ter que contratar uma recepcionista para dar conta de sua agenda.
As vezes chega até você um ou dois pacientes, você se mantém esperançoso, mas a demanda não passa disso.
Você então começa a se frustar, inclusive até acha que o problema seja você, ou seja, questiona sua identidade profissional. Mas pare para pensar, analise, não é só você que está nessa situação, existem muitos que neste momento estão passando por isso e fazendo suas reflexões.
O problema não está em você, mas sim em uma série de fatores que quero apenas elencá-los aqui para não me demorar muto.
Pois bem:
- Temos uma profissão que ainda é ineficiente em termos de divulgação de seus serviços, enquanto outras estão anos luz a nossa frente;
- Como não há divulgação, não há aprendizado entre a população em geral dos benefícios que a Psicologia traz;
- O preconceito não é combatido;
- Nós profissionais vivemos escondidos em nossos consultórios;
- A população enfrente problemas financeiros, entre outros;
Diante de fatos, perdemos o estímulo e assim a Psicologia é levada ao Subemprego. Ao invés de ser sua renda principal, passa a ser a segunda ou nem isso, deixa de existir em sua trajetória profissional.
Aprendemos durante 5 anos que devemos focar o paciente particular, afinal não conhecemos outra alternativa. Nada aprendemos sobre convênios.
Aí o inevitável acontece, se falta recurso financeiro e sobra preconceito e desinformação sobre o nosso trabalho, é claro que o paciente some.
Agora vamos analisar a situação real para aprofundar um pouco mais nossa reflexão..
Final de 2016 tínhamos cerca de 3 milhões de brasileiros desempregados. Os que restaram empregados estão trabalhando por muito menos do que recebiam antes ou estão tentando sobreviver em meio a inúmeros aumentos de preços, taxas de juros abusivas, inflação subindo, entre outros.
Pois bem, se coloque na realidade de uma família de classe média brasileira que vive com uma renda mensal de aproximadamente R$ 2 mil reais por mês. Suponhamos que um de seus membros faça terapia particular a um custo de R$ 200,00 por mês, o que representa 10% da renda desta família. E estamos falando aqui de uma terapia com preço acessível. Fora isso, ainda existe todos os outros gastos que sabemos que são inerentes a uma casa.
Sejamos sinceros e realistas de que essa família com tal renda passa dificuldades todo mês para fechar o orçamento. Com a "crise" que passamos no momento, com aumento de preços, chega um certo momento que a terapia fica inviável pelo custo.
Isso foi o caso de quem já está em processo. Agora imagina alguém que precisa começar uma terapia, mas enfrenta essas dificuldades com relação ao dinheiro. Seja sincero, essa pessoa irá começar agora a se tratar???
Portanto, a terapia particular começa a ficar inviável por conta de tudo que falamos.
Mas é ai que entra o convênio e onde eu queria chegar.
Uma grande parcela da população brasileira mantém um convênio de saúde para seus membros. Seja ele particular ou vinculado pelas empresas as quais trabalham com o pagamento de coparticipação.
Digo mantém, não por luxo, mas por necessidade, pois depender do Sistema Único de Saúde, é quase que impossível por conta de sua ineficiência.
Segundo dados do IBGE de 2013, cerca de 30% da população brasileira tem convênio, e na grande maioria oriundos das empresas em que atuam.
Pois bem, manter o convênio é necessário, questão de saúde, ou seja obrigatório. É ai que mora a vantagem.
Hoje grande parte dos convênios oferecem aos seus conveniados o serviço de atendimento psicológico de maneira gratuita (inclusa no plano) ou mediante ao pagamento de coparticipação. Sendo assim, por extensão a uma necessidade tenho ali o trabalho de um Psicólogo disponível.
Portanto, criou-se ai um novo nicho de mercado a ser explorado, os convênios.
Se os particulares estão mais difíceis, por que não explorar os que estão mais fáceis, os que possuem acesso ao recurso quase que instantemente.
O Psicólogo que percebe que o acesso até ele está mais favorável pelo viés dos convênios, pode ter certeza neste momento que ele irá surpreender e irá agregar pessoas interessadas em seu trabalho.
Se posso usar um serviço que me está disponível pagando um valor menor ou sendo gratuito, por que procurar o Psicólogo particular, onde terei custos maiores??
A lógica é simples e assim a conta fecha no final do mês.
Desta forma o Convênio passa a ser a porta de entrada do paciente a Psicologia. É ali que ele irá nos conhecer. e não mais através de nosso cartão de visitas.
A lógica do processo mudou, antes, sim, dava certo, hoje, preciso mudar minha estratégia e me adequar ao mercado. Sei que a expressão adequar-se ao mercado é forte para um Psicólogo, mas se você quer ter a clínica como principal atividade é assim que deverá ser. Dolorido, mas que trará resultados.
Portanto, repense. Entenda que seu cliente/paciente não está mais no local que você costuma encontrá-lo. Hoje ele está no Plano de Saúde, que tem um custo menor e uma série de benefícios e você irá precisar buscá-lo.
Mas como???
Credenciando-se aos convênios.
Mas isso ficará para um próximo post e também para você que já conhece o setor e quer já passar para o passo a passo tenho um curso online que irá te ajudar a sair do zero e conseguir seus credenciamentos.
Para maiores informações, sobre este tema ou sobre o curso online de credenciamento me envie um e-mail para jeansantanar@gmail.com que irei te ajudar.
Jean Santana
Psicólogo
CRP 06/114804
